Queridos internautas desta frágil e-democracia em construção. Na próxima segunda quinta-feira
do mês de março deste ano deverá tomar posse os novos conselheiros do CME.
Estes substituirão 50% dos que, por força legal, serão substituídos. A
renovação dos conselheiros é muito importante para garantir que o conselho não
seja refém de representantes que se acomodaram a uma única visão do que deve
ser um Conselho Municipal de Educação. Por exemplo, a “jestão” dos últimos
quatro anos – da qual acompanhei como membro - foi pautada pelas demandas que
chegavam ao conhecimento da presidência do conselho por meio de ofícios ou
documentos escritos. Exceto três eventos de grande magnitude da qual pude contribuir
para a sua realização. A primeira foi todo o processo de discussão com a rede
sobre os regimentos escolares, a segunda foi o Ciclo de Estudos sobre o
documento final da CONAE de 2010 e a terceira foi o Simpósio sobre a Educação
de Tempo Integral. Talvez estes três eventos foram os únicos dos últimos 10
anos. Entretanto foi decepcionante ver e ouvir a fala do último presidente, o Sr.
Luis Tadeu Pressuto, no TV Tem Notícias, 2ª Edição, do dia 1º de fevereiro de
2013, que desconhecia a realidade de precariedade de muitas escolas ao iniciar
o ano letivo uma vez que não havia sido notificado por alguma instituição
denunciando tal situação. Mas é claro que as escolas não vão procurar o
Conselho para isto. É o conselho que precisa fazer a sua parte ao acompanhar e
fiscalizar a aplicação das políticas públicas de garantir a qualidade da
educação. Os jornalistas demonstraram publicamente a incoerência da fala do
presidente sugerindo que a partir daquela reportagem não se omitisse no
exercício de sua função.
Esperamos que os novos
conselheiros possam fazer a diferença com uma atuação comprometida com a
educação de qualidade social no nosso
município na prática e não na propaganda. Este ano de 2013 será o ano da
elaboração do Plano Municipal de Educação. E o CME tem papel fundamental uma
vez que cabe a ele a sua elaboração.
Como não atuarei como
conselheiro, o nosso blog deverá
continuar com algumas modificações. Estarei mais livre para informar não
somente sobre as decisões do conselho, mas numa ótica de observador crítico.
Esclareço que este adjetivo crítico tem o significado de “ir à raiz dos
problemas”, ou seja, nos seus fundamentos de forma a contribuir para a
educação.